quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Os sete erros de Hölderlin.

Modelo ao vivo. Pinte com palavras esta emoção.


O lançamento do livro na livraria Capítulo 4 vai contar com uma novidade: o evento de uma modelo seminua e ao vivo, que posará para os convidados escreverem na tela o que estão sentindo.

Sobre o livro.


Hölderlin já traz a falta de sorte no próprio nome emprestado do poeta alemão, também cheio de infortúnios em tudo na vida, seja na obra, com mulheres e amigos.

E o nosso Hölderlin, com a mesma mácula e nome famoso, não foi nada diferente desde a sua primeira infância, quando já aí sofria nas mãos do próprio Deus, também com a sua idade. Um Deus brincando de Deus, segundo o próprio Hölderlin.

Esse "amigo de infância" mijava nos seus sapatos, envenenava seus gatos, azucrinava sua vida, matava seus amores. Era um Deus cruel e vingativo, que tinha especial prazer em fazer o mal. E nem mesmo sair de Portugal e fugir para este país, resolveu o seu problema: Deus já esperava por ele no porto para continuar o bullying e a perseguição, até em pensamento. E assim, em várias situações da sua vida, Hölderlin perdia dedo, dente, rim e até o que não podia perder. Porque tudo o que não podia acontecer, acontecia com Hölderlin.

Mas Hölderlin, sim, teve uma segunda chance. E assim como um desenho igual a outro para ver a diferença e os sete erros, depois da página 140, começa a segunda parte da história de Hölderlin, recomeçando exatamente a mesma. As mesmas situações e experiências de vida, só trocando nomes, cores, cheiros, sensações e, claro, em vez de Deus, outro amigo para atazanar sua vida.

Sim, a história é a mesma, mas aqui é o Diabo que está nos detalhes. Claro que a história tem um desfecho diferente, a partir desses sete erros. Interessante também é que toda a história é contada por dois curiosos personagens, que vão observando e comentando as diferenças e tudo mais que acontece e deixa de acontecer com o nosso Hölderlin.

Assim, Os sete erros de Hölderlin tem valor em si e para si como história, capaz de prender pelo argumento e fatos verossímeis e inusitados. Mas também como proposta criativa diferenciada, obrigando o leitor a uma leitura atenta e curiosa para procurar as diferenças. E o que elas podem interferir para mudar a edição e o final da história.


Outras obras de Silvio Piresh.


Poesia King Size (1981) "objeto-poético" - poemas enrolados um a um, em forma de cigarros, só que em papel craft, acondicionados em carteira de cigarros. Obra premiada pelo Clube de Criação de São Paulo.

H2O Poesia em Conserva (1981) "objeto-poético" - pote de vidro com poemas impressos em poliestireno e mergulhados na água. Quando o leitor abre o vidro, sente o perfume. E para pegar os "palmitos poéticos" tem de molhar os dedos, explorando outros sentidos. Obra lançada no MIS-SP (Museu de Imagem e Som). Ouro no Clube de Criação de São Paulo.

Orelhas de Van Gogh (1983) - livro de poemas, 340 pg. Obra elogiada pela crítica e premiada no Colunistas.

Poesia Luminosa (1984) - poesia editada e veiculada em mais de 15 Jornais Luminosos de São Paulo e do País, simultaneamente. Poesia que usou e recriou a linguagem desse veículo, incluindo até teasers sonoros.

VamPires (1998) – 200 livros artesanais, escritos e transcritos por mais de sete anos pelo próprio autor, com capas pintadas a óleo, uma a uma, e diferentes entre si. Obra exposta no MAM-SP (Museu de Arte Moderna).

O Cristo Rosa (2003) - Pegaram a mulher pra Cristo. A obra põe em questão a natureza de todos os mitos. Brinca de invertê-los, acrescentando a cada mistério outro mistério. Romance de ficção, 300 pg, lançado na Pinacoteca do Estado.

O desCaminho de Santiago (2010). Sobre a vida de uma personagem que para se desconstruir, faz o Caminho de Santiago ao contrário. Romance de ficção, 312 pg, com o apoio do Proac e da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Mais conteúdo.


Contato: silvio.piresh@octopus.com.br - Facebook: Silvio Pires 
Editora Limiar:             (11) 3813-0309       wwweditoralimiar.com.br